Foto: Reprodução Redes Sociais
O Hospital Costa dos Coqueiros (Riverside), localizado em Lauro de Freitas, Região Metropolitana de Salvador (RMS), tem virado alvo de críticas e reclamações por parte de moradores e populares que transitam na localidade. O equipamento da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia tem sido questionado por conta da situação encontrada no local. A área entrou em processo de desmobilização para receber obras e reformas.
Pessoas que moram próxima a unidade de saúde contam que o hospital armazena condições favoráveis à proliferação de pragas urbanas e mosquitos como o Aedes aegypt, por conter água parada em uma piscina abandonada.
Segundo o morador Franklin Bonifacio, de 42 anos, a piscina do hospital, que antigamente funcionava como um hotel, está com foco de dengue, decorrente do acúmulo de grande quantidade de águas chuvas.
“A piscina que era do condomínio, eles ficaram. E tem foco de mosquito lá. Por sinal, minha esposa está com dengue. Sempre foi assim, a piscina na verdade está parada, ficou com água um tempo, um ano mais ou menos, depois esvaziaram e mesmo assim fica sobra, aí chove, empossa água dentro da piscina [...]”, contou.
Franklin, que reside em um condomínio ao lado do espaço, disse ainda que é possível visualizar variados focos de mosquito. “[...] A parte que dá para ver dentro do condomínio dá para ver alguns focos de mosquito.”
Ele indicou ainda que, apesar de existir um movimento de funcionários na obra de desmobilização do local, a reforma não estaria avançando em um trecho do espaço.
“A parte que está acontecendo a obra realmente fica do outro lado. Com exceção da piscina que fica ao nosso lado. A gente está vendo que está acontecendo uma obra, mas que tem muito tempo parada. A piscina está vazia, só que não é tratada, chove, empossa água dentro da piscina e fica e fica por lá até que o sol evapore a água”, explicou.
O morador do local comentou também sobre o andamento da reforma do hospital.
“Quando eu tô saindo eu vejo gente chegando na entrada, pois a portaria é separada de lá do condomínio para do hospital. Eu vejo gente chegando, agora a obra em si, eu não tô vendo evolução nenhuma”, revelou.
Outro morador, que preferiu não se identificar disse ainda que, durante o processo de desmobilização e reforma, pessoas em situação de rua estavam se abrigando no fundo do antigo hotel.
“Passei pelo fundo, andei ali por dentro e tinha gente se abrigando dentro do hotel”, apontou.
SITUAÇÃO ANTIGA
Já um terceiro residente, que habita há 8 anos no condomínio ao lado, pontuou que o espaço da piscina estava vazio e que o problema já acontecia anteriormente, antes do hospital ser desmobilizado.
“Isso é na área da piscina, que estava vazia. Há um tempo atrás tinha, até com o hospital funcionando tinha um pouco de água lá atrás dentro da piscina”, observou. Fotos enviadas por leitores do Bahia Notícias mostram que em certo momento a água da piscina do antigo hotel apresenta sujeira com folhas e até insetos e bichos, a exemplo de um caranguejo.
O relato dos moradores chega após a denúncia ser feita nas redes sociais, através da página “Fala Lauro de Freitas". Na publicação, é possível ver uma água esverdeada acumulada dentro da área onde funcionava a piscina. Ainda pode ser visualizado que o local se encontra com tapumes e matos.
A situação acontece em meio à evolução de casos de dengue no estado e após Bahia registrar a quarta morte por dengue.
A Secretária de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) informou, por meio de nota, que cloro é utilizada na piscina, para previnir a proliferação de mosquito da dengue.
"No tocante à piscina da unidade hospitalar, queremos assegurar que a mesma é regularmente tratada com cloro, seguindo todos os padrões de segurança e saúde exigidos, com o objetivo de prevenir qualquer possibilidade de se tornar um criadouro do mosquito Aedes aegypti, transmissor de doenças como dengue, zika e chikungunya", diz.
A pasta disse que a cor esverdeada se deu por conta das chuvas que aconteceram na cidade durante as últimas semanas.
"Ressaltamos que a coloração esverdeada observada recentemente na água da piscina é resultado direto das intensas chuvas que ocorreram nos últimos dias na região, as quais levaram à proliferação de algas. Este fenômeno é natural e não está associado à presença ou à proliferação de mosquitos ou de qualquer vetor de doenças", completou.
A Sesab anunciou que agora, após as denúncias, a piscina será completamente esvaziada até o término das intervenções.No entanto, o órgão não respondeu o questionamento de moradores acerca do status da obra e o motivo da área da piscina não ser protegida anteriormente.
Fonte Bahia Noticias
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