Mãe alega que filho 'foi arrancado' dela; pai tem a guarda provisória
Publicado em 25/07/2023, às 18h58 - Atualizado às 19h21 Reprodução/Redes sociais Cadastrado por Victória Valentina
Uma comissária de bordo, moradora de Maringá, no Paraná, usou as redes sociais na última semana para contar que perdeu a guarda do filho de apenas dez meses. Josiane Lima, que atua no ramo há pelo menos 10 anos, disse ter sido vítima de "preconceito e injustiça" por causa da profissão. Atualmente, a guarda provisória da criança pertence ao pai.
A mãe demonstrou revolta pelo fato do pai deixar a criança em uma creche durante o dia, para poder trabalhar. "O juiz determinou que eu podia ver a criança apenas três horas por dia e em finais de semana alternado", contou. Durante as folgas, ela pega o bebê na creche e fica com ele no período permitido. Segundo ela, a briga é apenas na Justiça, não com o genitor.
Na decisão que concedeu a guarda unilateral da criança ao pai, o juiz alega que “a rotina de trabalho da ré [Josiane] não permite que preste ao filho os cuidados diários de que necessita o filho”. O docmento cita ainda que a criança já estava sob a guarda do pai há algum tempo.
A comissária, no entanto, afirmou ser natural de Manaus e que decidiu se mudar para Maringá a fim de que o filho pudesse ter contato com o pai. Segundo Josiane, a criança só está com ele porque foi “retirada à força dela”
A mulher afirmou que não pensaria duas vezes em trocar de profissão para ficar com a guarda do filho, mas o salário e os benefícios acumulados ao longo dos 10 anos de profissão garantem boa parte do bem-estar da criança, como o auxílio creche e plano de saúde.
"Que o Estado me dê, então, um emprego que tenha o mesmo salário para ficar em tempo integral em casal com meu filho. É muita injustiça uma mulher, no século 21 , ser discriminada por sua profissão. Só podemos escolher trabalho que possa ser conciliado com filho? Se fosse isso, enfermeiras, médicas e várias outras profissões que fazem plantão não poderiam ter a guarda dos filhos. E são profissões dignas. Não tem nexo", desabafou.
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