Ministro autorizou mandados de busca e apreensão contra oito empresários que compartilharam mensagens golpistas
Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
Por: Metro1 no dia 04 de setembro de 2022 às 14:50
Ministro do Supremo Tribunal Federal e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes foi chamado de ‘vagabundo’ pelo presidente Jair Bolsonaro (PL). Em evento de mulheres no Rio Grande do Sul, no último sábado (3), o chefe do Executivo se referiu a Moraes, sem mencionar seu nome, ao falar sobre a decisão que autorizou a ação contra os oito empresários bolsonaristas que estariam conspirando contra a democracia em um grupo de WhatsApp.
"Não é porque tem um vagabundo ouvindo atrás da árvore a nossa conversa que vai querer roubar a nossa liberdade. Mais vagabundo do que esse que está ouvindo a conversa é quem dá a canetada após ouvir o que ouviu esse vagabundo" disse Bolsonaro durante evento em Novo Hamburgo (RS).
O novo ataque de Bolsonaro a Moraes acontece às vésperas dos atos de 7 de setembro, convocados por apoiadores do presidente. Um esquema de segurança com proporções inéditas já foi montado pelo governo do Distrito Federal para evitar conflitos na manifestação.
“Pessoas que querem fazer voltar ao governo um bandido. E para isso começam a atacar algo que eu costumo dizer, é mais importante que a nossa própria vida, é a nossa liberdade [...] Vimos há pouco empresários tendo a sua vida devassada, recebendo vista da PF, estavam privadamente discutindo um assunto, que não interessa qual seja o assunto. Eu posso pegar meia dúzia aqui, bater um papo, e falar", disse o presidente.
A determinação Alexandre de Moraes, no último dia 23 de agosto, ordenou que a Polícia Federal cumprisse mandados de busca e apreensão em endereços de oito empresários que compartilharam mensagens golpistas em um grupo de uma rede social. Entre os alvos estão Luciano Hang, da Havan, José Isaac Peres, da rede de shopping Multiplan, Ivan Wrobel, da Construtora W3, José Koury, do Barra World Shopping, André Tissot, do Grupo Serra, Meyer Nigri, da Tecnisa, Marco Aurélio Raimundo, da Mormai, e Afrânio Barreira, do Grupo Coco Bambu.
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