Voltada especialmente para os jovens e suas famílias, a exposição traz temas da atualidade e discussões relevantes no meio científico. Entre as apresentações no palco principal do evento, estão o futuro e a tecnologia dos satélites nacionais, o mapeamento de tecnologias sociais na Amazônia, plataformas de dados para doenças do espectro autista, mapeamento geográfico de bacias hidrográficas por satélite e desenvolvimento de testes de diagnóstico para covid-19 no Brasil.
“A semana acontece com todas as precauções existentes e recomendadas. Temos exposições de todas as nossas unidades de pesquisa, temos exposições do Ministério da Educação também, além de inspiração e - talvez - financiamento para quem quer empreender nas áreas de ciência e tecnologia”, afirmou em entrevista à TV Brasil o ministro da Ciência, Telecomunicação e Inovações Marcos Pontes.
Museu de rádio
A Empresa Brasil de Comunicação (EBC) também estará presente no evento. Em um espaço especial que simula um estúdio de rádio antigo, o Museu da Rádio Nacional - que normalmente é exposto nos corredores da empresa - convida os visitantes a conhecerem uma estação analógica de ondas de radiofrequência.
Palco de diversas inovações do século passado, como as novelas e os boletins informativos, o museu traz equipamentos e informações sobre uma era onde televisão e internet sequer eram imaginadas, e o único meio de comunicação - o rádio - instigava a imaginação dos ouvintes.
Sobre o evento, o presidente da EBC, Glen Valente, afirmou que a participação da Empresa Brasil de Comunicação na Semana Nacional da Ciência e Tecnologia "é muito importante para mostrar o jornalismo factual com cobertura e transmissões ao vivo. Além disso, iremos levar um pouco da história da comunicação pública com peças do nosso acervo.”
5G e conectividade
Em contraste com a história distante do rádio, A SNCT 2021 também apresenta pequenas amostras de um futuro que não está mais distante. Stands montados pelo Ministério das Comunicações apresentam para o público as inovações da quinta geração de conectividade móvel, o 5G.
Leiloado em 5 de novembro, o 5G trará ao Brasil várias inovações tecnológicas, já que permite conexão de altíssima velocidade entre uma série de dispositivos simultâneos. A chamada Internet das Coisas (IoT, na sigla em inglês), que permite cirurgias remotas, máquinas inteligentes e veículos autônomos estão entre as possibilidades que devem passar a fazer parte da realidade dos brasileiros nos próximos anos.
No stand, o Ministério das Comunicações apresenta vídeos e faz demonstrações da tecnologia, que será usada também para democratizar o alcance da internet em todo o território nacional.
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Para o ministro Marcos Pontes, a chegada do 5G deve se aliar à instigação de possibilidades científicas nas mentes dos jovens, que serão líderes e inovadores da próxima geração de brasileiros. “A economia será uma economia de conhecimento. Países que não detêm uma área de ciência e tecnologia forte ficarão para trás no mercado internacional. O Brasil tem tudo para ser um dos protagonistas nessa área”, disse Pontes.
O ministro frisou, ainda, que a tecnologia é historicamente a base para a melhora das condições de trabalho e de produtividade, além de ser um medidor preciso da capacidade econômica da sociedade. “Ela [a tecnologia] traz melhores soluções para todas as áreas. Um país que tem a expectativa de ser protagonista, ou que quer gerar empregos, precisa investir em ciência e tecnologia. Isso reforça todos os outros setores”, concluiu.
Brasil em órbita
Entre as curiosidades, a SNCT 2021 traz satélites brasileiros que foram lançados ao espaço e que compõem a constelação de monitoramento e transmissão de dados do Brasil em órbita, como o Cbers 4-A e o Amazonia 1.
Os equipamentos, que foram construídos no Brasil por engenheiros brasileiros por meio de anos de projetos de intercâmbio tecnológico, mostram a capacidade de desenvolvimento e de capacidade da indústria aeroespacial brasileira, que “avança a passos largos”, conforme Pontes.
A SNCT 2021 é organizada e projetada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) em parceria com agências de fomento, espaços científico-culturais, instituições de ensino e pesquisa, sociedades científicas, escolas, órgãos governamentais, empresas de base tecnológica e entidades da sociedade civil. No total, 167 instituições de todo o país participam do evento, que terá 6.168 atividades ao longo da semana.
A feira pode ser visitada de 8h30 às 18h em dias de semana, e de 10h às 19h nos finais de semana. Confira aqui a programação completa e o calendário dos eventos.
Edição: Pedro Ivo de Oliveira
Fonte:Agencia Brasil
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